Por volta dos meus 25 anos, procurei meu médico, o finado Dr. Wandick de Freitas que cuidava de mim desde criança, profissional em que eu depositava minha inteira confiança. Naquela ocasião sentia diariamente muita flatulência e tonturas, principalmente no período da manhã.
Dr. Wandick matou a charada logo de cara, dizendo que eu não digeria o leite, pois a ausência da lactasa no meu organismo não metabolizava a lactose do leite, o açúcar do leite. Sai da consulta, imaginado que eu estava doente, afinal não digeria o leite, alimento tão comum no café da manhã na tradição brasileira. Parei de tomar o leite e os sintomas desapareceram.
Alguns anos depois, li num jornal uma reportagem falando da incompatibilidade do leite em 30% da população mundial, daí eu pensei: espera ai! Não sou o único que não pode tomar leite! Tem mais gente na parada, ufa! Que alívio! Não estou sozinho.
Foi quando fiz o curso de Do-In que aprendi: todos nós somos, na realidade, incompatíveis com a lactose do leite de vaca. Veio finalmente, a explicação para as minhas dúvidas:
- O açúcar do leite de vaca é a lactose, uma macroenzima que é metabolizada pela lactasa, outra macroenzima que o pâncreas do ser humano produz até aos sete anos de vida. Após esta idade, devido à falta da lactasa, o leite da vaca talha no estômago e fermenta nos intestinos, o que forma um meio ácido e prejudicial ao nosso organismo provocando uma série de complicações. Esta descoberta foi feita por médicos cientistas americanos e foi publicada no New York Time no ano de 1984 sob o título “Os médicos advertem sobre a intolerância do leite de vaca para o ser humano em fase adulta”. Existe outra pesquisa realizada por médicos cientistas franceses da medicina ortomolecular, que chegou à mesma conclusão dos seus colegas americanos sobre a intolerância do leite de vaca para o ser humano.
Estas pesquisas científicas vêm de encontro ao que dizia os antigos sábios chineses “Leite de vaca é pra bezerro, não serve para o ser humano”. Diziam ainda que cada leite possue, na sua composição, os nutrientes necessários para o desenvolvimento de sua espécie. Com exceção do ser humano, nenhum outro mamífero procura leite diferente da sua espécie. É comum vermos cães criados por porcas, gatos criados por cães etc. Isso pode ocorrer quando a mãe do filhote morre ou regeita a cria, mas somente nestes dois casos. No dia 05/08/2009 foi veiculado no jornal da Band às 20h00min, a reportagem de uma cabra, que rejeitada por sua mãe, acabou sendo acolhida e criada por uma cadela que a amamentou e cuidou dela como se fosse seu filhote.
As pesquisas científicas confirmam o que a Medicina Tradicional Chinesa ensina: o consumo constante do leite da vaca pode causar: flatulências, excesso de mucos, cansaço crônico, problemas de visão, asma, bronquite, arteriosclerose cerebral e coronária, cálculos renais e biliares (normalmente quem sofre cirurgia para retirada da vesícula biliar toma muito leite), diarréias, otites, rinites, sinusites, reumatismo, artrite, alergias em geral, tonturas, vertigens e enxaquecas. Os problemas de visão que o leite provoca são irreversíveis.
Faça um teste: fique por 15 dias sem tomar leite e observe os resultados.
Os derivados do leite devem ser consumidos com moderação, pois dependendo do biotipo da pessoa podem causar os mesmos distúrbios acima mencionadas.
Muita gente me pergunta: - Mas e o cálcio que o leite contém não faz falta para nosso organismo? Como faço no caso da osteoporose? Dizem que o leite é bom para evitar e curar esta doença?
R: Você conhece alguém que sarou da osteoporose tomando leite? Eu particularmente nunca vi. O cálcio que o leite contém não é absorvido pelo nosso organismo, conforme explicações expostas acima. Podemos muito bem e, melhor ainda, aproveitar o cálcio de outras fontes de alimentos que devem ser consumidos juntamente com o magnésio. O nosso organismo só absorve o cálcio quando consumido com o magnésio, por isso, os remédios indicados no caso da osteoporose contém cálcio + magnésio. O consumo de verduras, folhas verdes, legumes, frutas, cereais e a prática de esportes como caminhadas diárias etc. são recomendações para evitar e combater a osteoporose.
O leite materno é alcalino e contém todos os nutrientes necessários para a formação do bebê, é um alimento completo. Quando a mãe consome muito leite de vaca, pensando erroneamente que com este hábito vai melhorar a qualidade do seu próprio leite, se engana, pois seu PH (Potencial de Hidrogênio) fica ácido e seu leite também, provocando com isso, cólicas no bebê.
Carlos César Lucca - Kallé
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